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domingo, 30 de setembro de 2012

Italia - Dia 32 - Roma

Domingo preguiçoso como gostamos. Acordamos tarde e tomamos café. Esperamos dar o horário da mensagem do Papa, que seria ao meio dia. Quase uma hora antes, caminhamos até o Vaticano. Chegamos com uns 30 minutos de antecedência. Não estava tão cheio.


Aguardando o pronunciamento do Papa
Ouvi um turista espanhol dizendo que o Papa não estava no Vaticano. De fato, ele não estava. Tivemos que vê-lo por um telão instalado na Praça de São Pedro. No site do Vaticano tem a agenda do Papa. De qualquer forma estaríamos aqui neste final de semana. Se alguém fizer muita questão de vê-lo ao vivo, recomendamos verificar a agenda.

A previsão do tempo era de chuva e os italianos tem se mostrado muito bons nisso. Voltamos para o hotel para pegar os guarda-chuvas. Pegamos o metro e fomos almoçar perto da Fontana di Trevi novamente, mas em um restaurante diferente. Gostamos muito do local. Antes, passamos na Piazza di Spagna. Honestamente, a única coisa legal que tem lá é um banheiro público.


Piazza di Spagna: fraquinha.
Caiu a chuva. Estava mais aquela garoa mais forte do que chuva mesmo. Nada espantava os turistas que continuavam se acotovelando na Fontana. Demos uma volta pelas dezenas de lojas da região entre uma pancada de chuva e outra. Voltamos pro hotel e fizemos uma pausa.

Saímos novamente para jantar. Aproveitei para comer o delicioso prosciutto italiano antes de ir embora. Na sequência, me despedi do spaghetti. Um vinho e uma panna cotta para concluir. Ao lado havia uma mesa cheia de padres. Só um falava e os demais riam. Imaginamos que estava contando piadas de padres. Será que seria algo assim: "Estavam um padre brasileiro, um alemão e um inglês.....". Não sabemos, mas devia estar bem engraçado. O vinho na mesa devia estar ajudando, claro.

Com uma leve trégua da chuva, voltamos para o hotel. Mesmo com chuva, Roma é maravilhosa.

Amanhã iremos para o aeroporto na hora do almoço. Apesar de deixar um pedaço do coração na Italia, estamos com saudades da nossa terra, familiares e amigos. Até mesmo do trabalho!

A dopo!

sábado, 29 de setembro de 2012

Italia - Dia 31 - Roma

Não conseguimos madrugar (lógico). A cama estava muito boa!

Tomamos o café e pegamos o metro para o Coliseu. Aliás, o metro é muito limpo e organizado. Evidentemente, é mais antigo que o paulista, mas funciona muito bem, é bem distribuído e não o pegamos lotado em momento nenhum.


Estação Fontana di Trevi, Roma
Como compramos o Roma Pass, praticamente não pegamos fila para entrar no Coliseu. E olha que havia uma fila imensa para quem deixa para comprar na hora. Não sei se já vi demais o Coliseu nos canais Discovery e no History, mas ele impressionou pouco. Ele é menor do que imaginávamos. De qualquer forma, a visita ao vivo trás experiências únicas.


Colosseo, Roma
Saindo de lá, fomos no Palatino e no Foro Romano. Achei o Palatino bem sem graça. É um lugar onde é necessário sentir o momento, porque não há muito do mundo físico para ser visto, pois são muitas ruínas. Gostei um pouco mais da região do Foro, onde existem mais coisas inteiras.


Colosseo por dentro
Na sequência fomos no Monumento a Vittorio Emanuele. Esta sim é uma bela obra arquitetônica. Fizemos questão de subir no topo do prédio para curtir a vista da cidade de Roma.


Vista de Roma a partir do topo do monumento a Vittorio Emanuele
Resolvemos almoçar perto do Pantheon. Depois, fomos conhecê-lo. Que coisa!


Pantheon. Imperdível! Sinta o momento!
Este é um prédio do século II onde deve-se dedicar um tempo olhando cada canto. Indicadíssimo!

Monumento a Vittorio Emanuele
Perto de lá está a Fontana di Trevi. Não preciso dizer que estava bem lotada. De fato, a fonte é muito bonita. Tiramos algumas fotos e decidimos retornar a noite para jantar na região, que possui bons restaurantes, e para vê-la iluminada.


Se você passar 1000 vezes pela Fontana, ela será 1000 vezes imperdível.
Paramos na Piazza Navona, também bem bonita. Curtimos as fontes do local.


Piazza Navona, vale a pena!
Seguimos a pé para o hotel aproveitando a bela vista do caminho. Cruzamos o Tevere.

Depois de tanto andar, demos uma cochilada no hotel. Saímos novamente às 20h para jantar. Encontramos um ótimo restaurante perto da Fontana. A comida estava ótima e conversamos com duas australianas muito simpáticas. Tomamos um Chianti.


A indimenticabile Roma
Fomos para a Fontana. A vista a noite é magnífica e o local estava ainda mais cheio. Indianos muito solícitos se oferecem para tirar fotos com as nossas máquinas, assim como os turistas costumam fazer para outros turistas por mera gentileza. Depois, pedem dinheiro, claro. Bem malandrinhos.


O belo Tevere
Conseguimos fazer belas fotos. A cor da iluminação da água é muito bonita. Ficamos um tempo lá curtindo o local.


Roma, a Cidade Eterna!
Voltamos pro hotel de metro. Foi uma noite bem legal. Amanhã começamos a desacelerar para a viagem de volta, mas ainda vamos andar bastante. Roma é demais!!!

A domani!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Italia - Dia 30 - Roma

Último dia em Sorrento. Sentiremos falta desta maravilhosa cidade. O céu amanheceu lindo, azul. Imaginamos que o calor de ontem iria judiar dos turistas hoje. Pensamos em Roma e em como a temperatura estaria mais confortável lá.

Não acreditei, mas eu ainda estava enjoado por causa do ônibus de ontem. Parece que eu ainda não tinha voltado no eixo. Abri mão do café. Juntamos as malas e pegamos estrada.

Napoli ainda teria uma surpresa para nós. Um grupo de trabalhadores resolveu fazer uma paralização na Sorrentina. Isto infartou todo o trânsito na região e nos impediu de chegar a Napoli por um dos dois caminhos disponíveis. Sabe qual é o outro? A estradinha tortuosa da Costa Amalfitana. Depois de ontem, e ainda enjoado, eu não tinha nenhum interesse em enfrentar aquelas curvas novamente. Ficamos plantados na rodovia por 1 hora e meia. Eu joguei bastante energia positiva nos manifestantes. Até verbalizei um pouco destas energias entre nós. Na minha opinião, a polícia demorou muito tempo para desbloquear uma via com tanto tráfego. Isto acabou nos atrasando. Eu costumo tentar prever todos os riscos e estes caras me pegaram de surpresa.

Apesar de todos os problemas, ainda recordo a frase do filme "Benvenuti al Sud": quem chega por aqui chora duas vezes, uma quando chega e outra quando vai embora. Vamos sentir muitas saudades desta maravilhosa região da Italia! Dizem que esta é a verdadeira Italia. Recomendo!

Precisávamos devolver o carro às 14h em Roma. Seguimos viagem sem almoço. Chegando em Roma, corremos no hotel para deixar as malas e fomos devolver o carro em Fiumicino. Deu tudo certo no final. Aliás, o trânsito de Roma é infinitamente melhor do que o de Napoli e bem melhor que Milano. Lembra um pouco dirigir em São Paulo.

Fizemos um lanche no aeroporto mesmo e seguimos a dica de uma funcionária do hotel. Pegamos um ônibus chamado Sit Shuttle (sim, Sit com S). Com 12 euros descemos rapidamente no bairro do hotel. Estamos hospedados em um bairro chamado Prati. Foi um verdadeiro achado da Juliana. Estamos a 5 minutos a pé do Vaticano. O lugar é muito bonito, vivo e seguro, ótimo para caminhar e curtir a noite, assim como era em Venezia. Fica a valiosa dica.


Vaticano
Tínhamos um agendamento para visitar o Museu do Vaticano às 19h. Chegamos 15 minutos antes, fila ultra imensa e olha que tinha gente sem agendamento e que pegou fila muito pior.


A arte italiana é fantástica!
O passeio pelo Museu compensa demais. Gostei bastante da coleção egípcia, das estátuas gregas, dos tetos das salas e da parte arquitetônica. Lógico que visitamos a Capela Sistina.


A Capela Sistina, Vaticano
Depois, fomos dar uma volta na praça de São Pedro. Muito bonita a noite e havia muita gente por lá. Voltaremos para andar durante o dia.


Não sob o sol da Toscana, mas sob o luar de Roma
Saquei o celular, liguei o GPS e o Tripadvisor me mostrou os restaurantes mais bem avaliados do local. Amo este aplicativo! Novamente, não teve erro. O local era ótimo, de administração familiar, e comemos muito bem.

Retornamos para o hotel, que é bem legal, confortável e espaçoso, sem contar o Wi-Fi livre e turbinado. Gostamos da decoração do quarto.


O quarto moderninho do Prati, Roma
Desta vez, algo artístico. Este será o último hotel destas férias. Foi uma ótima escolha.

A famosa Piazza San Pietro, Roma
Até o momento, estamos apaixonados por Roma. Eu tinha uma visão bem diferente da cidade. Vamos tentar aproveitar o máximo possível. Amanhã vamos madrugar para enfrentar o Coliseu. Compramos o Roma Pass para fugir da fila. Vamos ver se funciona. Além disso, o Pass nos dá acesso ilimitado ao transporte público e outras atrações. Depois eu conto.

Ci vediamo! Ciao a tutti!

Italia - Dia 29 - Costa Amalfitana

A temperatura vem aumentando bastante. Hoje foi o dia mais quente que pegamos até agora. O céu amanheceu limpo. Imaginamos que seria um cenário perfeito para visitar a Costiera Amalfitana.

Qui dove il mare luccica, E tira forte il vento. Sulla vecchia terrazza. Davanti al golfo di Surriento.


Tomamos uma decisão que depois veríamos que não foi a melhor. O plano incluía pegar um busão de Sorrento até Positano. Depois, pegar outro para Amalfi e, por fim, Ravello. No final do dia, retornaríamos para Sorrento pelo mar para tirar fotos e curtir a vista.

Pegamos o tal do ônibus na estação de Sorrento. Mamma mia! O motorista do ônibus tinha certeza que ele estava disputando o mundial de fórmula 1. Pra aumentar o pânico, o desgramado dirigia só com uma mão. A maior parte da rodovia, tudo o que existe além de uma muretinha de nada é um abismo para o mar. O medo não foi o problema. A estrada é muitíssimo tortuosa, mas muito mesmo, mas muitíssimo mesmo de verdade. Eu tive a impressão que estava fazendo teste para piloto de caça da força aérea e queria saber quantos G poderíamos suportar antes de desmaiar. Estava muito difícil se segurar dentro do expresso da morte. Mas este ainda não era o problema. Estava muito abafado dentro do ônibus. Juntando tudo, o resultado foi uma forte náusea. Faltando uns 7km pra chegar em Positano eu pensei em pedir pra descer. A Juliana estava no limite também.


A recompensadora vista de Positano
Finalmente descemos do touro de rodeio da morte na primeira oportunidade que tivemos, já dentro de Positano. Um outro casal comentou conosco depois que eles também haviam cometido o mesmo erro. Fica a dica: Nunca faça a costa de ônibus público! Ou... tome um Vonau antes. É sério!


A bela Positano
Ficamos um tempo tentando fixar o horizonte dentro da cabeça. Infelizmente, esta experiência repercutiu no resto do dia. Decidimos continuar viagem pelo mar.


Típica rua de Positano
Positano é muito bonita. De fato, é um lugar que compensa passar pelo menos um dia. A locomoção é um pouco difícil por causa da geografia do lugar. As edificações são trepadas umas nas outras. Aparentemente, o melhor local é na base da cidade, próximo ao mar.


Praia em Positano
Depois da experiência no ônibus, compramos os tickets para Amalfi pelo mar. O mar estava levemente revolto e a tal embargação balançou bastante. Não havíamos nos recuperado do ônibus ainda e a viagem de barco piorou a situação, embora tenha sido muito melhor que o busão. A Juliana precisou de um Dramin (dá sono), nosso Vonau (que não dá sono) acabou. Eu segurei como deu. Decidimos remover Ravello do roteiro.


Amalfi
Ficamos em Amalfi até o final da tarde. Isto foi ótimo para melhorar a náusea. Passei em um farmácia para pegar um remédio como o Dramin, mas que não desse sono. A Juliana já estava quase dormindo em pé. A mulher da farmácia me disse que não costumavam ter este remédio lá porque não enjoavam. Muito bom! Fica a dica para levar Vonau do Brasil. Levei poucos e estou economizando. Vonau tira o enjoo não dá sono.


Amalfi
O almoço foi o melhor prato de frutos do mar até agora. A cidade é muito bacana. Outro lugar que compensa uma diária. A água da praia é transparente. Muito bonito mesmo.

Depois, a Juliana desmaiou em um banco e tirou um delicioso cochilo.


Nauseabundos, mas felizes em Amalfi
No final da tarde, tomei um Prosecco e a Juliana tomou um sorvete. Hora de enfrentar a fila do barco para Sorrento. Eu fui na mocinha da empresa de transporte e perguntei de onde sairia o barco. As coisas são meio zoneadas nesta região. Ela respondeu que ele deveria sair do fundo. O fundo era o último ancoradouro dos 3 existentes. Beleza. Fomos para lá. Eu fiquei preocupado com o "deveria". Deu a impressão que as vezes ele não ancora lá. Havia uma fila imensa no ancoradouro 1. Ficamos firmes no 3, onde havia poucas pessoas. Eu disse pra Juliana que eles iam zonear aquilo de alguma forma. Minha dúvida é se o "deveria" daria certo e eles nos surpreenderiam sendo organizados parando no ancoradouro 3, o que causaria uma zona na fila 1 ou se eles parariam onde estava a maior fila, no 1, e causariam a zona na fila 3.

O Napolitano é um ser surpreendente. Não é que eles pararam no ancoradouro 2? A zona foi armada nas duas filas, que se juntaram civilizadamente utilizando a política do mais esperto. Assim é a Campagnia. Felizmente, ficamos bem colocados e conseguimos um bom lugar (o lance é ser meio gladiador mesmo) para tirar fotos e muito vento no rosto, o que evita o enjoo no meu caso. A viagem de volta foi ótima.


Positano vista do mar
Nossa recomendação então é pegar o barco de Sorrento para Positano e depois para Amalfi. Saiba que será difícil pegar um bom lugar pra fotos no barco em Positano, porque ele já virá cheio de Sorrento ou de Amalfi. Para chegar em Ravello, deve-se pegar outro barco. Nada tem placa. Quando existem, são enigmáticas ou incompletas. Você tem que perguntar e observar. Sorrento é levemente mais organizada. Levemente.


Capri nos fez companhia no retorno para Sorrento
Voltamos pro hotel e descobrimos que existe um elevador que leva os turistas da parte baixa de Sorrento para a parte alta, mas ele é pago. O melhor não é o elevador, é uma rampa logo ao lado. De lá tem-se uma bela visão do local. Tão bonita que doeu menos subir tudo. Logo abaixo existem belíssimas praias com água cristalina e boa estrutura e serviços. Pena que não vimos antes. Amanhã já vamos embora. Andamos pela cidade e voltamos para o hotel.


Caminhar por Sorrento é uma experiência deliciosa
Impressões finais: Sorrento é muitíssimo bela. Ficamos com vontade de voltar. Tirando a questão da desorganização e do trânsito caótico, os habitantes são muito simpáticos. A Juliana até comentou que já estou dirigindo como um Napolitano. Entendi que, no contexto atual, isto é um elogio. Você acaba pegando o jeito. Fique em um hotel com vista para o golfo e para o Vesuvio. É muito demais! Capri também é fantástica. Ficamos com vontade de voltar e passar uma noite do lado da ilha de onde dá para ver o pôr do sol. A Costiera Amalfitana é muito bonita. Melhor que Cinque Terre com larga vantagem. Mas vale o cuidado com a estrada e o aviso para evitar o ônibus!!! Doeu, mas Ravello ficou pra próxima. :(

Presenciamos esta noiva casando ao pôr do sol de Sorrento. Vesuvio ao fundo.
A domani!

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Italia - Dia 28 - Ilha de Capri

O dia amanheceu convidativo. Tomamos o café e andamos até o porto de Sorrento. Compramos as passagens para Capri e aguardamos o barco em uma fila. Os napolitanos tem um certo gosto por desorganizar as coisas. Estávamos em uma fila única, tudo ok. Chegaram os "organizadores" e pediram para formar 3 filas. Pronto, a zona estava armada. Vimos outros momentos em que eles desorganizam as coisas ao invés de organizar. Faz parte da atmosfera da região. O barco chegou e saiu atrasado. No norte, isto não aconteceria.


Porto de Sorrento. Vesuvio ao fundo.
A viagem de barco foi tranquila e chegamos em Capri em cerca de 30 minutos. A minha imagem de Capri era a de que seria um lugar de gente rica. Pois é. Até é, mas existe a parte do turismo em massa. Alguns restaurantes colecionam fotos de gente famosa. No geral, o que vimos foi um local com turistas comuns, que chegam em grandes ondas. Vimos também algumas ruas com perfil chic. A vista é fenomenal. A cor do mar é mágica!


Porto de Capri
Entramos no Trioadvisor e localizamos os melhores restaurantes da ilha. O mais provável era o Mechelangelo, 5o colocado. Imaginamos que não conseguiríamos mesa pois passava do meio dia. A praça principal estava apinhada de turistas. Fomos mesmo assim.


Sim, Capri lembra a Grécia
O caminho para o restaurante levou por algumas ruas de menor movimento. Para a nossa surpresa, o restaurante estava vazio. Nos últimos dias aprendemos a confiar nas avaliações do Trip e, novamente, nos demos muito bem. A comida era maravilhosa. Pedi um molho caprese, claro. O atendimento foi super personalizado. O dono havia estado no Brasil, em Salvador. Ele colocou uma coletânea de músicas brasileiras para tocar. Bem bacana. No final, ele nos trouxe um pouco de limoncello. A decoração do local simulava uma parreira. Em alguns pontos havia cachos de uva reais saindo dos ramos.


Típica residência de Capri
Aproveitei para tirar uma dúvida de italiano. Ouvimos as pessoas falando "dai, dai, dai" em várias situações e nunca conseguimos entender o que era. Ele nos explicou que a expressão seria algo como "fa presto!". Em português seria algo do tipo "acelera!". Ele explicou outros casos de uso. Interessante.


Um quintal fotografado a partir de uma rua de Capri
Nos despedimos de todos e descemos para a parte baixa da ilha. Aliás, o "obrigado", "até logo", "bom dia", são muito apreciados por aqui. Você só corre o risco de ficar sem resposta se falar alguma destas palavras para as pessoas que trabalham em pedágios. É compreensível e não é o caso por aqui.


Gruta Azul, Capri
Pegamos um passeio dando a volta na ilha. Que experiência! Foi demais! Tá certo que o barco pulou mais que pipoca. O dia hoje estava com muita ventania. Curtimos demais todo o passeio. Vimos até as cabras que dão o nome a ilha. Em um certo lado da ilha, vimos a parte realmente rica. De fato, o lugar é frequentado por VIPs.


Cabras (Capri) em Capri
Capri é, simplesmente, magnífica e compensa passar pelo menos duas noites aqui. Uma delas, sem sombra de dúvida, do lado da ilha onde o sol se põe.


Voltamos para Sorrento e caminhamos pela cidade. Muito recomendada, aliás. Realmente, muito bonita. Subimos para o hotel e curtimos a vista do Vesuvio e da baía de Sorrento. Não consegui cansar disto ainda! Tomamos mais limoncello e umas cervejinhas italianas. Jantamos no hotel. Estava ótimo!


Capri, ao pôr do sol, vista da costa de Sorrento
Por hoje é só. Estou curtindo a vista e escrevendo. Já elegemos a região como um lugar que precisamos voltar um dia.

Amanhã faremos a costa amalfitana. O plano até agora é ir de ônibus e voltar de barco para pegar a clássica vista do mar.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Italia - Dia 27 - Pompei e Vesuvio

Acordamos com a luz do dia sobre o golfo. O dia estava levemente encoberto e a temperatura perfeita, com cerca de 20 graus. Tomamos um delicioso café com vista panorâmica para Sorrento e pegamos a estrada.


E o Vesúvio, ao fundo, nos espera. Sorrento.
Decidimos não esquentar a cabeça para dirigir em Napoli. Esqueci as leis e o bom senso no trânsito e me entreguei à dança maluca do tráfego daqui. Confesso que isto me fez muito feliz. Nós, brasileiros, temos uma leve predileção a transgredir regras de trânsito.

O caminho até Pompeia não foi fácil. O GPS sabia um caminho errado. O guia (livro), não sabia caminho nenhum. Decidimos seguir as placas e deu certo.


Ruínas em Pompei
Pompeia é razoavelmente preservada. A experiência de andar na cidade foi bem interessante.


Típica rua de Pompei
O barato de Pompeia é justamente isto: andar por uma cidade tão antiga e, praticamente, inteira.


Pompei
A maioria das edificações não tem teto, mas é possível observar exatamente como eram as casas da época.


Pompei
Alguns locais exibem os corpos carbonizados e petrificados vítimas da erupção que destruiu as cidades de Pompeia e Erculano. Muitas pessoas tiram fotos dos corpos. Particularmente, não acho legal. Gostei do teatro e do forum.


Pompei
Saindo de Pompeia, o quê, nos dirigimos ao Vesuvio, quem. O GPS nem tinha noção de como chegar lá. Mais uma vez, contamos com a colaboração dos locais e das placas. Sem contar que um vulcão bem grande não é algo difícil de encontrar visualmente :).


Napoli vista do Vesuvio
A subida é longa e tortuosa, bem ao estilo Chianti. Nas curvas, os ônibus entram, dão ré e continuam. É estreito. O caminho é sujo em alguns pontos. Chegamos a um ponto onde devíamos estacionar o carro. A partir de lá, deveríamos andar a pé. A subida é sofrida. Eu diria que é um esforço um pouco maior do que subir a torre de Bologna. Pelo menos, existe apenas uma escada e nem é das maiores. A maior parte é rampa mesmo.

Esta fumacinha é preocupante. Boca do Vesúvio.
O prêmio é grande. De cima, tivemos uma vista privilegiada de Napoli, do golfo e de Sorrento. Além, é claro, da cratera do vulcão. Confesso que dá um certo medo daquilo entrar em erupção bem naquela hora. Em alguns pontos é possível ver a fumaça saindo do vulcão. Aquilo não está nem um pouco morto.


Boca do Vesúvio, felizmente, sem atividade.
Absolutamente exaustos, voltamos para Sorrento. O nosso almoço tinha sido apenas alguns biscoitos italianos, deliciosos por sinal. Guardamos as energias para o jantar. Desci no centro e comprei suprimentos. Por acaso, algumas Birras.



Panorama com o Golfo de Napoli (ao centro e direita), Sorrento e Capri (à esquerda). Clique para ampliar.
Hoje, jantamos no hotel. Me acabei em frutos do mar. Curto demais. A Juliana foi numa carne vermelha, deliciosa (roubei uns pedaços). Terminamos a noite apaixonados por esta vista indescritível.

O plano para amanhã é navegar até Capri. Vamos ver.

A domani.


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Italia - Dia 26 - Sorrento

A pequena e bela Sorrento é banhada pelo golfo de Napoli e fica próxima da conhecida Costa Amalfitana e da Ilha de Capri. A cidade tem cerca de 16,5 mil habitantes e possui raízes gregas. As ruínas mais antigas datam de 600 AC. Uma das coisas que mais nos encantou quando pensamos em Sorrento foi o prazer de admirar a belíssima vista de sua baía, que tem como pano de fundo o Vesuvio.


Chegando em Sorrento
Foi do outro lado do golfo, já em Napoli, a cerca de 50km, que morreu o conhecido tenor Enrico Caruso em 1921 no Hotel Vesuvio.



Décadas depois, Lucio Dalla romantizou a cena na inesquecível canção "Caruso" onde Caruso, já a beira da morte, canta para a sua amada no terraço daquele quarto, defronte ao golfo de Sorrento. Algumas cenas do video clip foram gravadas no próprio Hotel Vesuvio, no quarto onde morreu Caruso. Veja aqui a tradução.


A mágica, encantadora, inesquecível, fantástica, soberba e ... demais ... Sorrento
No entanto, a canção que define Sorrento é a famosa "Torna a Sorriento" (no dialeto napolitano acrescenta-se o "i"), de 1902, tida como "hino" da cidade.



A música teve vários intérpretes ao longo de décadas, incluindo uma versão de Elvis Presley que aproveitou apenas a melodia na também conhecida canção Surrender. Outro conhecido intérprete foi Luciano Pavarotti. Particularmente, prefiro a versão de Claudio Villa. O Youtube possui uma vasta coleção de versões diferentes.

http://letras.mus.br/claudio-villa/856214/traducao.html



Aqui também foi o set de filmagem do filme "Pane, amore e ...", de 1955, com Sophia Loren.



Enfim, o lugar possui um apelo artístico muito forte. Não é por acaso. A atmosfera da cidade é inspiradora. Além do porto de Genova, por este golfo, partindo de Napoli, milhares de italianos navegaram em direção às Américas nos séculos XIX e XX.

O Vesuvio visto de Sorrento

Fingindo esquecer o vinho, vale citar que estamos nas terras do conhecido Limoncello, um licor à base de limão. Além do limão, a receita inclui água, álcool e açúcar e deve ser bebida bem gelada. Quase uma caipirinha, não? Não. O delicioso licor possui um sabor bem característico. Recomendo comprar um no mercadinho da esquina mesmo. É bem mais barato.



A melhor forma de tomar um Limoncello é de frente para o Vesúvio, sobre um terraço em frente ao Golfo de Sorrento
Sobre a hospedagem, inicialmente, pensamos em ficar no centro da cidade. Embora existam muitos hotéis, esta não é uma opção muito boa para quem está motorizado e nem a mais barata. Já que teríamos que ficar fora do centro, optamos pela melhor vista possível e encontramos um ótimo hotel a cerca de 1km do centro. A esta distância é possível encontrar bons hotéis com estacionamento e garantir um terraço com vista para o golfo e para o Vesuvio.


A vista do quarto sobre o golfo de Sorrento: obrigatória!
Nos próximos dias os planos incluem explorar a cidade e a Costiera Amalfitana, subir o Vesuvio, conhecer Napoli e Pompeia e navegar até Capri.

Antes, vamos às peculiaridades da região. Como contamos ontem, a aura de Caserta nos assustou um pouco. Será que isto era próprio da região ou algo apenas daquela cidade? Descobrimos a resposta para esta pergunta hoje. O trânsito de Napoli é tão maluco quanto o da região vizinha.


Típica rua do centro de Sorrento
A impressão que tivemos é que nesta parte do país toda as leis deixam de valer. Vimos muitos semáforos desligados. Também, qual seria a utilidade deles se ninguém respeita? Vimos uma turma de indianos. Imaginamos que eles devem estar se sentindo em casa no trânsito daqui. Mas a turma se entende. O que parece uma imensa zona motorizada é, na realidade, uma dança onde todos os motoristas participam sem sair do sério em momento algum.

Depois de assistir ao filme "Benvenuti al Sud" dá para entender como funciona esta belíssima região. Lá se diz que quem chega por aqui chora duas vezes, uma quando chega e outra quando vai embora.


Sorrento
Uma coisa que vale mencionar é que 95% dos carros por aqui são ralados em um ou mais lados. Em alguns casos, em todos os lados! Seria leviano dizer que são todos os carros. Tenho a impressão de que vimos alguns intactos. Talvez sejam os que saíram da concessionária ou da funilaria nesta semana. Feliz, me lembrei que contratei o pacote de franquia zero da Avis.


Dá pra acostumar com esta vista! Sorrento.
O hotel é absolutamente fantástico. Sonhei muito com esta vista do golfo e do Vesuvio. O quarto é grande. Não temos uma sacada, temos um quintal. Lá tem mesa, cama, cadeiras de sol, chuveiro, plantas e até um regador. O banheiro é épico! Tem uma estátua, uma cascata e uma banheira. São dois chuveiros, algumas duchas e muitos botões.


Banheiro exageradamente da hora! Sorrento.
O hotel tem uma praia particular, mas não está bem cuidada e é de pedra.


A praia privativa do hotel.
O restante é tudo muito bom! Estamos a 900m de restaurantes e pequenos mercados. Já demos um pulo em um mercado para comprar as coisas mais comuns, como petiscos e bebidas. Tirando os passeios, viemos preparados para passar um bom tempo curtindo a estrutura do hotel. São as férias das férias. Andamos muito ultimamente e queremos descansar.

Por hoje é só. Curtimos a vista, abraçados claro! Ah! As luzes da cidade estão se acendendo em toda a base do Vesuvio. É indescritível! Coloquei Lucio Dalla para tocar Caruso no IPad. Que missão teve este equipamento: sair de tão longe para servir de pano de fundo para este momento.


As luzes de Napoli sob a base do Vesúvio vistas de Sorrento
Ci vediamo dopo!