Italia - Dia 15 - Milano e Lago di Como

Milano despertou com a temperatura amena e céu claro. Nosso plano incluía dormir até mais tarde para passar na lavanderia um pouco antes do almoço, passear por Milano e comparecer a um importante encontro às 17h. Assim fizemos.



Milano

Milano é o protótipo do que seria uma São Paulo mais evoluída. Nos sentimos seguros na cidade, que é belíssima e consegue fazer conviver, harmoniosamente, o antigo e o novo. O trânsito é frenético. São necessários 6 olhos para dirigir em Milano. Como em várias partes da Europa, o pedestre tem preferência nas ruas em qualquer situação. Eles utilizam este direito das maneiras mais criativas. Para um motorista brasileiro isto é um desafio. De qualquer lado, exceto de cima e de baixo, pode surgir alguém a pé, de patinete, de bicicleta, de cadeira de rodas, de andador, enfim... As grandes rotatórias da cidade nos fazem pensar que todos os sentidos e direções são válidos no mesmo espaço. Sem contar que a fila dupla é uma prática comum e o limite de velocidade é francamente ignorado. Agora junte tudo. É Milano, a maior cidade da Italia.



O magnífico Duomo de Milano

O duomo é muito mais bonito por fora do que por dentro.

Leonardo da Vinci - Milano

A arquitetura é bela por toda parte. Seja no centro ou na periferia.



Galleria Vittorio Emanuele II, Milano

Na cidade fica a conhecida obra da última ceia, de Da Vinci. Tivemos que agendar a visita com semanas de antecedência para curtir 15 minutos de contemplação. O primeiro impacto foi algo do tipo "mas é só isto?", mas exploramos a experiência e descobrimos que havia muito mais por trás daquela parede com uma pintura desbotada. A visita compensa.



Parco Sempione, ao lado do Castelo de Sforza, Milano

Saímos de Milano com destino a Bellagio. A estrada é tranquila até chegar no Lago di Como. Daí para frente, a rodovia se espreme em uma estrada que mal passam dois veículos pequenos. Neste momento eu lembrei de Obi-wan Kenobi ensinando os caminhos da Força ao jovem padawan Luke Skywalker. Deixei a Força fluir por mim e guiar o carro. Era cada fina que eu nem acreditava. Eu falava pra Juliana: este último passou por menos de um palmo! Foi assim, tenso. Não sabíamos que o lago di Como ficava tão próximo dos Alpes. Tome curvas! Foi um tal de vira pra cá, vira pra lá, curvas a 20km/h e a 60. A imagem do GPS lembrava um intestino delgado. A vista externa, uma pintura. Realmente linda.



Lago di Como

Chegamos inteiros. A entrada pro hotel parecia uma montanha russa. Felizmente, deu tudo certo e pudemos contemplar a incrível vista para o lago com uma parte do pôr do sol. Saímos para jantar. Pedi algo que entendi que era de porco. Só quando chegou o prato descobri que era um joelho de porco. Estava ótimo. Um vinhozinho da lombardia para acompanhar e voltamos pro hotel, que é fantástico. Estou doido para olhar para toda esta vista com sol. Aqui está bem frio, mas o céu está aberto.



Lago di Como, Bellagio

Os canais da TV são alemães ou suíços. Aliás, estamos colados na Suíça. A responsável pelo hotel disse que o último hospede era suíço. Amanhã ela vai chavear, sabe-se lá como, a TV para os canais italianos. Hoje ficaremos sem assistir um programa de perguntas e respostas que adoramos por aqui. A água do chuveiro forma um brilho diferente quando bate no chão, como se fossem faíscas. Gostei do efeito. Tem algo a ver com a iluminação e o piso. Desta vez temos cozinha e tudo mais. Este hotel parece um flat. É bem interessante.
Ci sentiamo dopo.